Do mel ao chocolate: curso apresenta possibilidades de uso do cacau para produtores de Aracruz
Ele já foi considerado um alimento sagrado por civilizações medievais e suas sementes eram tão valiosas que chegaram a ser usadas como moeda de troca no Brasil Colonial. Na atualidade, o cacau permanece ocupando uma posição importante em termos econômicos e até sociais. O uso da fruta foi reinventado e, em meio às discussões socioambientais do século 21, o trabalho com o cacaueiro é visto como a cultura promissora para Agricultura Familiar do município de Aracruz, principalmente entre aqueles produtores que estão saindo do monocultivo rumo às plantações diversificadas.
Na última semana, com intuito de estimular o trabalho com o Cacau, a Prefeitura de Aracruz, por meio da Secretaria de Agricultura (SEMAG), Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), ofereceram a cerca de 25 produtores uma formação sobre aproveitamento de derivados do cacau, apresentando aos participantes inúmeras possibilidades de uso do fruto, além de técnicas de produção a partir da casca, sementes e nibs.
“Temos a grande preocupação em estruturar o município para o futuro e nós reconhecemos nosso potencial para crescer a partir da agricultura. Investir nessas formações é uma forma de mostrar um olhar diferente para o homem do campo, estimulando a economia e até mesmo a permanência de famílias no trabalho de produção de alimentos”, disse o prefeito de Aracruz, Jones Cavaglieri.
O agricultor da região de Cachoeirinha do Riacho, Luiz Roberto Sorezini, 53 anos, passou a investir nessa cultura e hoje colhe bons frutos. Ano passado a amêndoa de cacau produzida em sua terra foi eleita a melhor do estado e 14º no Brasil, em termos de qualidade. “É uma cultura nova, que me deu oportunidade de agregar valor ao fruto e esse curso veio acrescentar para que a gente consiga trabalhar com outros produtos”, disse Luiz.
Já Mirian Angela de Souza revela um ponto de vista diferente sobre o uso dos derivados do cacau. Profissional autônoma, ela deseja produzir doces caseiros utilizando as técnicas aprendidas durante o curso, que inclusive despertou nela algumas ideias para empreendedorismo. “Eu faço bolos e agora pretendo incrementar as receitas com o cacau”, disse.
O cacau e as inúmeras possibilidades de uso
Uma fruta e vários produtos. O curso de Aproveitamento do Subproduto do Cacau rendeu ao todo 22 receitas diferentes, certificando sua importância e possibilidades de uso. Geleia, Doce de Cibirra, Creme de Cacau, Achocolatado, Licor, Mel, Nibs e Amêndoas Torradas deram o sabor final à capacitação, que foi encerrada com entrega de certificados a todos participantes.
Álvaro Cândido da Silva, técnico da Comissão Executiva de Planejamento da Lavoura Cacaueira (CEPLAC) e responsável por ministrar as aulas, nos apresenta uma perceptiva maior das possibilidades de uso do cacau. De acordo com ele, 30 quilos de amêndoa foram suficientes para fabricar dezenas de produtos utilizando partes que normalmente são desperdiçadas por produtores. “Acontece que a maioria dos produtores não aproveitam outras partes do cacau e essas técnicas são importantes para que eles não fiquem reféns de vender apenas a amêndoa seca, podendo assim comercializar outros produtos. É uma forma de dar ao agricultor familiar uma perceptiva melhor de renda, além de manter a família no campo a partir de uma agroindústria”, explicou.
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