A partir desta sexta-feira, 01, está proibida a captura e a venda de qualquer quantidade de caranguejo-uçá e também de guaiamum. O motivo é o período de defeso, quando as espécies estão em fase de crescimento, trocando a carapaça e, portanto, ficam mais vulneráveis. A proibição vai até o dia 30 de novembro para o caranguejo-uçá e se estende até o dia 31 de dezembro para as fêmeas da espécie. Já para o guaiamum, o período de proteção é um pouco maior: até o dia 31 de março do ano que vem. Durante o defeso, também é ilegal manter em cativeiro, transportar, beneficiar, industrializar ou armazenar qualquer indivíduo da espécie, vivo ou morto, ou mesmo partes do animal, como patas ou pinças (puãs).

Em Aracruz, durante todo o período, a equipe de Fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente - Semam vai realizar ações nos manguezais do município e também em postos de venda. Para o caso de alguma irregularidade ser encontrada, os fiscais da Semam vão ter o auxílio de oficiais da Polícia Ambiental e da Polícia Militar, que tem permissão para autuar os responsáveis. Quem desrespeitar a proibição pode ser penalizado até com prisão, de acordo com a Lei de Crimes Ambientais.

O secretário municipal de meio ambiente, Olimpio Vieira Neto, alerta que os consumidores também precisam contribuir com o meio ambiente, recusando-se a adquirir as espécies durante o período de defeso e denunciando, caso vejam caranguejos ou guaiamuns sendo vendidos. "A exploração sustentável é o que garante a continuidade da espécie. Vemos muitas pessoas reclamando que os caranguejos estão menores a cada ano ou que está difícil encontrá-los, mas ninguém lembra que isso acontece por causa da cata predatória, que não respeita os filhotes e fêmeas ou os períodos de defeso da espécie. E quando o consumidor compra o animal no período em que é proibido, ele esta contribuindo pra sua extinção", enfatiza.

Olímpio Vieira Neto explica ainda alguns detalhes que o consumidor precisa observar, antes da comprar, nos períodos em que é permitido: adquirir sempre o animal inteiro, e não apenas patas ou pinças (puãs); conferir se a carapaça do animal tem o tamanho mínimo, que é de seis centímetros para o caranguejo e de oito no caso do guaiamum; e não comprar animais com o abdome estufado, pois isso significa que se trata de uma fêmea com ovas. No caso dos períodos em que é proibida somente a venda de fêmeas, o secretário explica que a diferenciação do sexo pode ser feita observando-se o formato do abdome do animal, que é mais largo nas fêmeas.

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