Aracruz participa de seminário que discutiu as trilhas de aprendizagem em intersetorialidade na educação

Aconteceu nesta quarta-feira (17) e quinta-feira (18), no Centro de Formação de Professores Miguel Arraes, em Mauá (SP), o seminário “Trilhas de Aprendizagem em Intersetorialidade na Educação”. O evento foi promovido pelo Ministério da Educação (MEC) e teve como foco a discussão acerca do estado da arte da intersetorialidade nas políticas sociais e, em particular, de suas implicações para a educação brasileira.
O MEC, em sua nova estrutura, instituiu o tema da intersetorialidade na Secretaria de Articulação Intersetorial e com os Sistemas de Ensino -SASE, identificou como primeiro desafio, o de construir uma trilha de conhecimento sobre a intersetorialidade e sua gestão. Este seminário foi fruto do levantamento preliminar de experiências sobre este tema na educação, sendo que não se trata de uma coisa recente ter a literatura sobre a intersetorialidade.
Segundo o MEC, autores de todo o país têm se dedicado a defender o potencial salto de qualidade alcançado com abordagens, estratégias e intervenções intersetoriais há cerca de 30 anos. Ainda que uma leitura atenta possa fazer parecer panaceia (remédio) para atuação frente à complexidade, a operacionalização da intersetorialidade suscita questionamentos candentes (agudos) sobre as tradicionais formas de organização da administração pública.
O município de Aracruz esteve representado pela secretária de educação (Semed), Jenilza Spinassé, que durante o ciclo de seminários regionais, apresentou o tema: - A intersetorialidade como ferramenta de melhoria para os resultados de aprendizagem -. “Foram dois dias de muito debate com palestras e mesas de exposições de experiências. Durante minha apresentação, mostrei que nossa cidade vem desenvolvendo o PSE desde 2009, o que tem contribuído para o pleno desenvolvimento dos estudantes da educação básica em nossa Rede Municipal de Ensino”, disse.
Ainda de acordo com Jenilza, desde a implantação do PSE, vem ocorrendo no município articulações entre os profissionais do Grupos de Trabalho Intersetorial Municipal (GTIM). “Esses profissionais ofertam serviços em um mesmo território, visando propiciar a sustentabilidade das ações a partir da conformação de redes de co- responsabilidade. Desta forma, por meio do PSE, a experiência dialoga sobre o trabalho intersetorial, visando a cultura de paz e a saúde na escola”, destacou.
Durante o seminário também foram feitos questionamentos sobre como a gestão deve deixar de orientar-se unicamente pela hierarquia, pela fragmentação de saberes e fazeres, para se abrir ao diálogo com outros setores, para assim, se tornar permeável às demandas recebidas por fontes diversas e, sobretudo, destituir-se da reificação (enxergar algo abstrato como concreto) da eficiência e orientar seus esforços ao atendimento efetivo da população.
Em face a esta multiplicidade de problemas, os mesmos autores, proponentes da intersetorialidade como alternativa para as intervenções públicas, se tornaram vozes eloquentes na construção de soluções. Nesse contexto, se encontram questões sociais como a pobreza e a violência, a migração e deslocamento de contingentes populacionais, a fome, as mudanças climáticas e ambientais, a saúde mental e o problema de se desenvolver propostas de educação integral, e numa perspectiva mais ampla, de criar as condições para promover um sistema de garantias de direitos efetivos, tendo a educação como componente.
O olhar dedicado à intersetorialidade considera a natureza complexa dos problemas sociais, cuja resolução requer articulações entre os diferentes setores; no entanto, a intervenção tem sido compartimentada, segundo o imperativo da divisão do trabalho e do pensamento disjuntivo que não se preocupa com a integração, simplifica e fragmenta, criando insulamentos do conhecimento e das operações, tornando invisível as conexões entre os setores. Desta forma, o seminário foi organizado a partir desse olhar e ensejou contribuir para as intervenções intersetoriais.
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